Literatura Brasileira de Excelente Qualidade*.

By Nelson Natalino

  • A Academia Guarulhense de Letras é uma associação cultural cujos objetivos são o cultivo da língua e da literatura nacionais, bem como preservação do patrimônio histórico e geográfico do Município de Guarulhos.

Nelson Natalino 

  • http://www.natalino.com.br/ 
  • CONFIDÊNCIAS DE UM JOÃO DE BARRO

    Poesias

    Paginas: “128”
    Editora: “Salesianas”
    ISBN: “925-869-915-88”
    Formato: “20x25cm
    Imagem da capa”Autor: “Antonio Laerte Sesto”

    Sinopse: Livro de poesias dividido em:
    Confidências da Terra –  Abordando temas políticos, regionalidade civismo e brasilidade.
    Confidências de amor –  Encontros, desencontros, paixões e  amores.
    Confidências em tom de oração –  A presença de Deus em orações poéticas.
    Confidências de vida –  Uma visão de fatos e acontecimentos que marcaram a vida, não só do autor mas de todos nós em um período turbulento que foram os anos 70 e 80…
    Confidências Gerais –  Aqui o autor fala de amizade, apresenta reflexões, discorre sobre o tempo, música, cores e aborda outros assuntos interessantes.

    O livro ainda traz belíssimas ilustrações do artista plástico Laerte Sesto“Leia a seguir um trecho do livro:

    é claro, eu não vou cantar bons tempos,
    que aliás, deles não me lembro,
    só os ouví contar…
    Eu venho de um galho seco que teima em não quebrar,
    embora esteja envergado e envergonhado
    com tanto peso a se lhe pendurar.
    E por baixo da árvore já passaram madonas e meretrizes,
    administradores e charlatães
    Até que o galho secou.
    Quando eu cheguei, ele já estava seco e retorcido.
    Me contaram dos cupins. Milhares. Não acreditei. Ou não quis, sei lá.
    E vieram cupins expulsos de outras árvores. Então comecei a ver.
    Comecei a notá-los.
    Fizeram-nos crer que alguns cupins não iriam derrubar árvore tão frondosa.
    Realmente a árvore tinha um tamanho descomunal.
    Alguns apontaram o galho seco, envergado e retorcido.
    E atribuiram isso aos cupins…
    Bem, mas isso é obra dos cupins da própria árvore – alegaram.
    -Estes cupins que estão chegando trazem novas
    sementes que até hoje deconhecíamos.
    Plantaremos uma nova árvore que dará melhores frutos que a nossa.
    Mas isso já foi há muito tempo…
    Vieram ganfanhotos, larvas, caramujos.
    A árvore velha foi destruída.
    E a nova… esqueceram-se de plantar.

    Poema: Confidências de um João de Barro sobre um certo Pau-Brazil